terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

era uma garoto ...

















Era uma vez um garoto, transtornado, arrogante mas com um  lado febril romântico, poeta e sensivel. Seu estilo sempre foi cabelos bagunçados, barba já ha muito por fazer, roupas listradas, calças rasgadas, tenis genéricos star. Amava livros e musica. Moraes e Janis; Lispector e Beatles; Owell e Clash. Tocava violão como um punk revolucionário, mas há acordes que se saiam precisos e agradáveis. Durante sua vida teve romances turbulentos, mas sempre marcantes para suas musicas. E apesar da sua personalidade "em transição", havia amigos ha quem poderia dividir concelhos, segredos e cervejas. Estava indo rumo a faculdade, sonhava em história. Sempre se amarrou em como a sociedade foi construída sobre mil porqueres e dez mais mil respostas. Sua família sempre foi bem conservadora, com tradiçõese e atitudes que faziam com que o garoto ficasse cada vez mais revoltado e cheio de duvidas sobre sua estadia permanete em casa.

Normal. Até que lhe passam uma rasteira, quebram suas costelas, cospem na sua cara por um ciclo sem aviso prévio - tudo ia acontecendo por acontecer. Isso estava o destruindo. Como se já não bastasse a fragilidade que já era de sua pessoa, surge do mundo que sempre agarrou com unhas e dentes - comeram suas unhas, quebraram seus dentes. Foi um choque. Um tiro. A marionete do próprio pesadelo.

Mas ele era um cara legal.

Legal até de mais que tentou encarar tudo de uma maneira bem menos frustrante e vingativa possível. Mas um espirito de fragilidade corroia as asas do garoto. E o garoto sede aos próprios medos. De medos viram pavores, de pavores fobias. Quando não, um sentimento de ódio e rancor por tudo que lhe pode ser cortante foi obstruindo as vêias dos proprios olhos e envenenando as artérias do próprio coração ...

Acredite, ele era um cara legal.
Apesar de tudo.

E dai via pombos pelas ruas e sua vontade de tacar uma pedra o consumia. E o mendigo não causava pena, e sim desprezo. E o beijo, mais carnal do que a própria boca. Os punhos sempre armados. E a chama do desejo de revolução se apagava com a chuva [e chove forte, a horas, dias, semanas ...]  E o coração, se petrificando pouco a pouco. O que estava acontecendo com o garoto? Suas escarificações passaram a ser lidas de uma outra maneira: do enfermo por ter sido o cão de 3 cabeças do proprio inferno. É, aquele mesmo que foi domado como um canário ... caraleo ... caraleo ...

Mas ainda assim, o garoto era legal.

E até ele que não fumava, acendeu 12 em 20 minutos - aprendeu a tragar. E a dirigir. E a beber cerveja preta. E a odiar, sempre. Seu rosto já demonstrava o que estaria evidente em uma mudança radical de pensamentos, atitudes e propósitos. Olheiras, rugas e um corte no rosto. Agora, o garoto está mais forte, mais gordo, mais ágil. Estranho ... não tanto se não fosse motivado pelo rancor.

E as flores? fodam-se as flores. Morram as abelhas, os ratos, os corvos, os pombos [que a essa altura já triplicavam].

Algo brilha forte do seu bolso em dias de sol. Seria um relógio? [ele detestava]. Não, uma soquera. Jamais andaria sem ela. Assim como seu angustiado receio de intrigas. Sempre, sempre.

E seus Herois, Che foi parar na fogueira, Generais de todas as nações enchiam as paredes do quarto dos pensamentos do garoto. A vêia politica, apenas do por ordem, do que está acima da lei [a essa altura, o garoto era ateu] era o que importava. Ser acima dos demais, dos amigos, e principalmente, dos desconhecidos.

Mas e o tempo passa, passa. E essa historia só tem meio e fim quando ele descobre que no ápice das suas frustrações, um guri de 13 anos ainda vivia no peito dele. Ele era o motivo dos pesadelos. Ele foi quem causou as consecutivas lastimas em seus dias. Porque? Mil palavras, dez mil explicações. Angustia, angustia, desespero, desespero. Seria ele Gregor Samsa? E sem querer, dirigindo, fumando um malboro, tomando cerveja preta, ouvindo a musica A vida é doce do Lobão, a 120 km/h em uma curva de uma cidade satélite, o carro capota inúmeras vezes sobre um barranco, causando uma explosão estrondante. Nessa noite não eram estrelas que rasgavam o escuro céu de lua nova. 

- Outra estrela se apagou, mamãe. 


estranho ...

Ele era um cara legal. Acreditem ...
Eu confirmo.      

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

o mistério de stonehange





















"E talvez você estranhe ao me ouvir
Não costumo me comunicar assim
Mas preste atenção quando a chuva cair,
Você vai me ver

Já tentei ser mais do que eu sempre fui
Mas esqueci que é impossível crescer
Pois todo sangue que nas minhas veias flui
Ainda não conseguiu aquecer
Meu coração


Inabalável, não há como fazer você parar
Pra pensar como eu tenho agido nos últimos dias
Em que eu lhe vi

Você não merece tudo que eu ouso sentir
Você não merece tudo que eu ouso sentir
E dói demais

E dói demais ter você assim
Nunca há paz pra você nem pra mim
Por isso eu quero saber o que fazer

E nada mais parece te abalar
E nada mais te faz rir ou faz chorar
Não há ninguém aqui pra você provar que existe"

Stonehange
Fresno

Do tipo de musica que você simplesmente, viaja. A banda é uma referencia de piadas e ódio, mas é inquestionável  valor poético do material antecessor da fase mainstream da banda. Entre suas canções valorosas, Stonehange vem pra impressionar, emocionar, angustiar e refletir em alguns casos que devoramos da vida, na qual, todo ser vivente passa algumas vezes na vida: o gostar não gostando. É um sentimento bem estranho, pra quem é acostumado a viver cada segunda com a mais profunda sinceridade. Talvez, quando você se entope de cicatrizes, sabe, com cortes feitos por pessoas que você amava que usavam armas que você mesmo a deu, é no mínimo, frustrante ... e de fato, angustiante.

Aquela coisa do ser puro e de boas intenções morre com o passar do tempo. Acredito que aquela teoria que aprendemos em filosofia do "homem nasce como uma folha branca, é a sociedade quem rabisca" é bem aplicada nesse mundo cercado de monstros da nossa própria criação. Nem todas as pessoas são um nojo, mas a maioria que passam por nossas vidas são como navalhas, e alguns até enferrujados. É onde sua mutação começa ...

E ai, gorgonas, manticoras, argos, wyverns nascem pelo seu corpo. 

E quando alguém de verdade aparece?

Decifra-me ou devoro-te.

Agora sim, faz juz o verso:
"não há ninguém aqui pra você provar que existe."

 

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

manto

Um suspiro fugaz, seguido de pontas de facas jogados em minha direção por estúpidos e cupidos, pessoas que te deram a mão só pra te empurrar, infelizes chucros com vontade de ver sangue correndo e enfim, um eu já em duvida do rumo que uma vida precisava seguir, me fizeram refleter e seguir uma só coisa: "Reaprender a viver". Se isso é viver, porque um vazio me consome tanto? Se ter propósitos é se deliciar em felicidades instantâneas, porque isso não me supre? Não me faz feliz? Parece que tudo vai a um alem. Um drama de identidade e utilidades. Um teatro grego entre a trágedia compensada pela comédia. E mentir, as vezes cansa. E se cansa ...

Um revolução. Uma puta palavra inspiradora, que lembra Engels, Guevara, Sex Pistols, mãos com foices e martelos na mão, e atitude. Haha, utopia. Apenas utopia. Tudo vem como um concelho para te suprir quando bater duvidas do que seguir, em qual caminho seguir. Mas, achar que a revolução está em nossas mãos, é bobagem. Primeiro que você irá ficar revoltado com quase tudo e quase todos, na qual, quase sempre você, alguma hora da vida, faz parte disso. E mesmo assim, ainda levanta a bandeira vermelha, em cima de corpos inocentes e da própria estupidez, mas como um orgulho falso se diz "revolucionário", "alternativo", "o que faz a diferença". Bobagem, bobagem. Pra não dizer: Filhadaputagem e falsidade. Esse mundo de hipocresia só quem reside é quem literalmente incorporou a futilidade do não ser alguém, achando que é alguém. Pregar seu moralismo não influi em porra nenhuma. Pelo contrario, mais uma perda de tempo.

Seguir com coragem, amor e sensibilidade. Claro, sempre! Mas não achar que mudar o mundo está em nossas mãos. É com muito pesar que a realidade te diz que não está em suas mãos, em nossas mãos. Em nossas está a construção e a destruição. Em si, um lado pesa mais que o outro, e basta uma pequena noção e um simples ferimento de realidade, pra o lado caótico do ser humano explodir, revelar-se e mostrar a face maligna do coração.

O que adianta saber de tudo isso?

sábado, 20 de dezembro de 2008

até mais



















E chove em Brasília. ah, como é agradável. O clima parece que soa com mais sutileza e ambiguidade mágica. O tempo, cinza, sem deixar escapar um feixe de luz ardente, te convida sempre a um passeio. É otimo sair, sentir um pouco do seu corpo arrepiar-se com uma brisa umida. Ver cenas de pessoas correndo com jornais na cabeça. Pardais arrepiados, meio "cabelo do Supla". Planejar como serão os últimos dias do ano, e pensar bem as metas a se conquistar no ano que estar por vir.

O desejo de mudança é inevitável. Quem nunca quer mudar o que não se senti feliz e abraçado. E eu que o diga. Olhar pra frente pra não se jogar de um abismo é sempre bom. Acho que 2008 foi bem isso. Adrenalina no meio do ar. Adrenalina, adrenalina, adrenalina! Mas claro, ganhei inúmeras cicatrizes, desgostos, traumas, sensação de incapacidade. Enfim, foi foda. Não faria tudo de novo, mas não me arrependo de NADA. Quantas vezes procurei ser um "figura dos outros", quando me dava conta, era eu ali, com minhas garfes e sinceridades. É uma personalidade por formação.

Ultimamente sem vontade pra escrever. No máximo, só musicas da banda. Abandonei livros por um tempo. Mas voltei a ler quando me interessei por um livro do ilustre Fernando Pessoa. Livro do Desassossego, é o Seller que estar me fazendo a animar-me tanto por uma arte que só nos trás animo, se expressar. E indico a todos que apreciam a arte da leitura.

Ouvindo Abril. Conversando com otimas pessoas no msn. E ansioso para o bordão de ouro nos últimos dias.
Mas com um aperto no coração ...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

lembro-me...

"Lembro-me que estava escrevendo um poema sobre "neve" 
aos oito anos. Disse em voz alta: "gostaria de ter a capacidade 
de registrar os sentimentos atuais enquanto ainda sou pequena, 
pois quando crescer saberei como escrever, mas terei esquecido 
como era se sentir pequena."

[Sylvia Plath ]

mais uma vez



















Perdido. Seria a melhor palavra no meio de tantas que soariam de uma maneira muito mais melancólica, e de uma certo ponto de vista, idiota. Ao redor gira da maneira mais crua e cheia de grades, que todas as vezes que tento ultrapassa-las, me rasgam a carne da boca, do peito e da garganta. E o sangue, é o meu aperitivo do consolo de mais tarde. Consolo que fica na nostalgia do que valeu a pena e do que foi envão. Quando não, nostalgias que me fazem arrepender-me do que fiz, e principalmente [e na maioria das vezes], do que não fiz. Mata-me. Devora esse ser de pele sensível e dedos médios. Este ser que canta ilusões, sonha utopias e constrói castelos de areia. Um cavaleiro errante, que luta pela nobreza de sua profunda alma. A mesma que me protege com armadura de lata e escudos de seda. E me retribui, quando sim, com alguns beijos de princesas e donzelas. E lá se vai o cavaleiro ...

Aonde vai? Queimaram meu mapa. Pergaminhos pegam fogo. E a chuva desseca minha armadura, e dissolve tudo que ha de belo e totalizante. Fico inconsciente. E quando acordo, apenas há um copo de veneno de escorpião. Bebo? Banho-me. Para continuar minha jornada sem inimigos que possam me devorar. E mesmo com isso, o coração vai apreensivo e cheio de rancor e escárnio. E os pulsos, cada vez mais firmes.

E logo chove. E o veneno vai junto com a água que a estação me presenteou. 

Banhei-me outrem em dias assim. De tão comuns, chegam ser incomuns. E a dor da solidão parece atiçar, acordar depois do ritual da restrospectiva&perspectivas do seu Eu&afins. Dói em não tem alguem pra ligar de manhã. Mandar um recado no orkut perto do almoço. Gravar "o melhor do hits" para no dia seguinte presenteá-la. Ou mesmo, lê um mensagem de celular dizendo:"Boa noite, te amo". 

É padre Blog, sinto falta disso. E tudo corre atrás dos carrinhos de autoramas, até no momento em que resolver acreditar em minhas próprias pernas, e envergar mais minhas asas, confiar no ventos e tatuar vidas da maneira mais orgânica e sincera possível.

Não sou um bom jogador. Por isso a arte da lábia nunca me coube. Mas sei perder em poker, empatar no xadrez e quem sabe se tiver um bom parceiro, ganhar no truco. Basta saber acreditar na magia dos dados, na força dos peões e na leveza das cartas. E claro, em olhares de estranhos quando dizem "sim".

Só não sei como.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

sacrifice



















"It's a human sign
When things go wrong
When the scent of her lingers
And temptation´s strong

Into the boundry
Of each married man
Sweet deceit comes callin´
And negativity lands

Cold cold heart
Hard done by you
Some things look better baby
Just passin´through

And it´s no sacrifice
Just a simple word
It´s two hearts living
In two separate worlds
But it´s no sacrifice
No sacrifice
It´s no sacrifice at all

Mutual misunderstanding
After the fact
Sensitivity builds a prison
In the final act

We lose direction
No stone unturned
No tears to damn you
When jealously burns

Cold cold heart
Hard done by you
Some things look better baby
Just passing through"

Sacrifice
Elton John


Quase um hino de solidão e desespero. Vem como um som de reflexão, nostalgia e olhos fixos a pontos que mal prestamos atenção. É a magia da musica bailando no seu consciente, deixando o subconsciente fluir de uma maneira discreta e livre. Um yogue, instantaneo. Um semi-nirvana. E o mundo pode acabar, seu corpo dissolver, mas a musica está ai, navegando pelo ar.

Achou exagêro? Ouça essa musica as 5 da manha. Sozinho. Com sono. Sem fome. E verá que a cama só chega, quando a musica acaba.

musa do poder
























"Musa inspiradora
minha musa inspiradora
como consegue me dar poder
para nomear cada estrela do céu
assim como inocentar um réu

Poder

Poder que nada abala o coração desse amante
porque tudo vai adiante

Poder

Poder que me da asas para voar
e mesmo se faltar meu ar
ainda vou ter fôlego
para respirar algum ar
e ter o único poder ...

o poder de te amar"

(Musa do Poder)

Adoro meus primeiros escritos. Demonstravam o poder das palavras de um pequeno jovem, cheio de amor a se aventurar. Neste, o garoto de 15 anos expressa a paixão de seu primeiro amor, tão cheio de esperança e gosto por algo profundo, e por mais infantil que pareça, verdadeiro. Versos escritos no decorrer de dias e dias de alegria, risos, aulas assassinadas, tinta de canetas gastas e muito sentimento a flor da pele. 

Foi muito gostoso. Se deitar nas nuvens, matar a sede com flocos de neve, amaciar pele de uvas.
Até Neruda viveu isso.

O desenho? Feito no mesmo ano do relacionamento, em uma agenda antiga e perdida. Quase uma obra de Da Vinci. Se não fossem rabiscos feito com Bic e o amadorismo para organizar as formas. Em si, representa o meu querido conto de fadas. Vamos por parte. A lua representa, o que mais notávamos a noite, quando observávamos o céu noturno como crianças diurnas maravilhadas com a beleza da noite. A estrela é simbólica. Era um formato de um pingente de artesanato que dei a ela e algum mês do namoro. O edifício triangular com uma cruz no alto, era a nossa visão central, onde paramos para ficarmos melhor. No caso, é a Igreja do JMJ - um colégio católico de Taguatinga. E esse anjo fodido e meio parrudo seria eu e minha terrível [ênfase!!!] dor-de-cotovelo pós-termino. 
Sempre quis contar essa história, mas nunca vi porque alguém saber. Haha, é o poder de um blog.

Bem, 3 anos se passaram, e cada um no seu canto. A futura engenheira e o vagabundo. 
Haha, chega ser cômico

i am ...

















Madrugada solitária, adocicada com os acordes de Elton John. Um ar funebre tenso de pura delicadesa e angustia a relações futuras, parece se debater no meu interior.

Um cançer. É quando se tem poder e não sabe usa-lo. Isso é um incomodo.

Ser um héroi. 
Ser um poeta.
Ser o amor.

Cupido me dilacerou. Nietzsche mentiu para mim. Vinicius de Moraes blefou com seus versos. Cazuza pegou mais que eu. Lispector me superou.
E daqui a pouco, o sol acorda ...
Minha realidade ganha mais 1 hora.
Adormece tragédia.

E o orkut é uma merda.

E as vibrações sonoras do piano de E. John oferece uma dose de Domus para minha madrugada. Meu corpo escálido e pálido. Com sono. Sono.

"And it seems to me you lived your life
Like a candle in the wind
Never fading with the sunset
When the rain set in
And your footsteps will always fall here
Along Brazilian's greenest hills
Your candle's burned out long before
Your legend ever will"
 
Um adeus servil. 
E nada faz sentindo quando se lê tudo o que está escrito atras da porta do banheiro do seu quarto.

ó, grande dilema

Estou vagando no ar. Confuso seria a palavra adequada para um garoto de 18 anos que, literalmente, tem tantos caminhos na vida, mas suas pernas não se movem. Por que? Nem esse garoto sabe. Ele cambaleia para um lado. Dá um mortal para um outro. Volta, executando a dancinha do Michael Jackson. Anda um pouco, mas volta por medo, cansaço. Necessidade de um abrigo, quem dê casa, quem o alimente. Comoveria pouco se isso naõ estivesse ditando a minha atual vida. Porra, o teto da minha casa corroí as minhas costas, o chão escarifica meus pés, e palavras que ouço diariamente só prevêem futuros fracassos. Alimentos? Só fodem meu corpo, negativando dias da minha vida, através de uma dieta suja e comum. Estudo? Talvez  a pior crise cultural da minha vida, muita escasses do que há de mais interessante e cult na vida. Se tá tudo tão ruim, porque ainda não "ruua" e "my lar" em vez de dá o rosto para o diabo amassar? Pura insegurança, de nunca conseguir nada, ou de não conseguir manter. E isso me crucifica. Me desaba.

O tanto que eu tenho que resolver. O 3º ano, as bandas, projeto solo, o livro, a cirurgia, veganismo, a Unb, o neurologista, a ex-namorada, o curso e outros fatores que perseguem meus dias, e me impedem de, em si, progredir. Mas o pior de tudo, que talvez a solução de tudo que há de lastimavel na minha vida, esteja no que tanto preguei, que tanto acredito, mas que ridiculamente de olhos abertos não consigo aplicar: Atitude. Quantas vezes me faltou isso para seguir em frente. Quando vezes fiquei no meio fio, com medo de ser atropelado pelo carro, que muitas vezes, está andando a 20 km/h, há 200m de mim. Isso que me mata. Quando lembro que não estou bem, cursando minha faculdade, está com minha guria, está estável em uma banda, está escrevendo um livro e lendo outros, está com musicas voz & violão no myspace, está trabalhando em um lugar legal, está tendo paz em um lar, tudo por culpa do MEDO. O receio do fracasso. Me alertar disso, é uma dor, que em si me deixa confuso se fico parado ou se vou a luta. O único problema que ficar parado não terei expectativas de progresso, mas também me livra de muito caos, fúteis ou não, que tanto temo. Ir a luta, me dá chances de conseguir, mas enfrentar barreiras, se ferir gravemente e deitar no chão dos derrotados, me queima a alma ...

Está escrevendo aqui, apesar da tensão, é extremamente agradável. Relaxante. Sem preocupações, em uma noite de sexta-feira, é realmente, tentador. Mas o que fura meus órgãos é saber que toda a minha história de vida, não foi pra preencher esse espaço tão "inercio" da vida. Cresci com convicções de vitorias e trabalhos. Se alguem, ser util as minhas vocações. Chegar no ponto chave, cheio de chaves, e deixar se espalhar pelo chão, e derrepente uma dor nas costas, me impedir de junta-las, realmente, não faz sentido nenhum.

Tenho ânsia de vida. Mas devido a algumas dores, procurei outras ânsias. Saciei algumas, mas as tantas outras que abandonei, no fundo, estarão eternamente me cutucando, me suplicando para realiza-las. Talvez se as fizesse acontecer, todas as outras ânsias que adquiri na vida, possam enfim, se realizar simultaneamente. Quem sabe. Só sei que não aguento ficar com dias e dias, um pensamento só na cabeça: Preciso mudar. Preciso abandonar coisas, para adquirir outras. 

Ah, minhas pernas. Como elas doem. Será que me arrancaram?
Não sei. Só sei que não dá para andar de cadeira de roda.
Eu preciso vencer.
Preciso.
Se não,
tudo que me dediquei nos ultimos 23 meses, foram simplesmente, envão.
    

sábado, 15 de novembro de 2008

losing my religion



Grande indicação do dia. Uma musica que agitou ouvidos de algumas gerações. Tem uma melodia tão agradável, que não chega a ser ressaltada como um velho pop-brega. E ainda carregada por uma letra misteriosa, cheias de velhas particularidades comum a todos.

Esses dias vi uma entrevista que o vocalista e letrista da banda, Michael Stipe, deu ao Jornal da Globo. E algo que me fez ter um garbo para ir atrás do som deles, foi como ele impregna a velha arte de fazer arte com amor e sinceridade em seus shows. O tema bem explicito quando o assunto foi sinceridade e sangue no olho. A coisa do artista que transpõe a arte com amor e coração é repassada em cada um daqueles que estão no show na pura agitação ou que estão em casa, descansando sobre um sofá confortável. E mesmo que não saibam inglês, cantam com o que tem de mais forte dentro de si. E é isso que ele procura. E de fato, adorou seus shows no Brasil.

E viva a magia da musica.

Pena que não vieram pra cá. Aff ...
"Every whisper
Of every waking hour
I'm Choosing my confessions
Trying to keep an eye on you
Like a hurt, lost and blinded fool (fool!)
Oh no I've said too much
I set it up"


"Cada sussurro
De cada hora acordado, estou
Escolhendo minhas confissões,
Tentando ficar de olho em você,
Como um bobo magoado, perdido e cego.
Oh, não, eu falei demais,
Eu puxei o assunto..."

[R.E.M. - Losing My Religion]


sexta-feira, 14 de novembro de 2008

dia

Cara, vários dias sem postar. Mas foi por falta de oportunidade ... no pc. Essa semana foi bem agradável. Coisas interessantes acontecem. Nada que revolucione algo. Mas já contribui para que as coisas não ficassem tão iguais.

Passei a tarde ensaiando com a In Branco?. Uma puta banda divertida e bem faça-você-mesmo. To adorando.

E seilá, to com preguiça pra escrever.
Depois passo aqui.

Bad Braims pra vocês tambem.